18 de abril de 2018
16 de abril de 2014
Filosofia do homem
O homem é um ser moral porque é um ser de
consciência, isto é, que tem consciência, um ser de convivência e um ser de
liberdade.
É necessário, antes de mais, que o homem se assuma como um sujeito, uma
individualidade irredutível a outras individualidades, uma existência diferente
e diferenciada. O núcleo central da moralidade é o eu, mas não um eu encerrado
sobre si mesmo, autista, reduzido a uma prisão aquário, antes um eu aberto ao
exterior, curioso e em trânsito.
Aquilo que me permite saber-me como sujeito e constituir-me como indivíduo é a
consciência. Este eu de que me apercebo através da consciência não se limita a
um corpo ou um conjunto de sensações mas também não se reduz ao espírito. Se
não posso ou não devo considerar os sentidos e os sentimentos como ilusões
também não posso esquecer a importância do pensamento como instrumento precioso
de investigação da realidade. Este eu de que me apercebo através da consciência
não é uma identidade estática, inalterável, mas uma complexidade, um edifício
em construção. O eu não é uma pousada ou um eremitério, um refúgio, mas um
caminho, delineado passo a passo, um percurso tão sinuoso quanto as
circunstâncias e os projectos. O eu não é uma mónada, mas uma existência que
edifica o seu sentido e significado na abertura, no contacto e no diálogo
autêntico.
É pela consciência que o homem se distingue do animal, é pela consciência que o
homem se define como ser moral. É mediante a consciência que alguns actos do
homem se convertem em acções significativas e transformadoras do próprio homem.
É a consciência que possibilita quer uma visão retrospectiva quer projectiva da
realidade e das nossas acções e desta forma ultrapassar a sensação do imediato,
tornando-nos seres de horizontes amplos.
Se, porém, cada homem é individual, único e irrepetível, um eu que necessita de
se afirmar e de se realizar, isso não significa que cada um de nós se possa
isolar na sua esfera de auto-consciência e ficar imune aos outros.
Os outros não são apenas o pano de fundo da minha existência ou objectos do
cenário onde represento a minha vida, mas a condição necessária da minha
afirmação e do meu ser. Os outros não são apenas os meus limites, um mal
necessário, o purgatório justificado pelas vantagens que eventualmente possa
ter, mas ocasião e fonte de partilha, diálogo, descoberta daquilo que sou e
represento. Os outros são a minha contingência mas também o espelho em que me
revejo na minha alteridade.
Só por intermédio da convivência me sei diferente e reconheço nos outros as
diferenças que os constituem e os tornam seres independentes de mim e
auto-justificados. Só por intermédio dos outros descubro a minha humanidade e
me afirmo como homem entre homens, como ser em formação e desenvolvimento, como
ser verdadeiramente moral.
Assim se excluem quer o egoísmo, a exacerbação de um eu que exclui os outros e
que, por isso, se torna vazio e estéril, quer a aceitação passiva dos códigos
sociais num esforço de nos tornarmos boas ovelhas do rebanho.
Esta relação com os outros não é, no entanto, uma relação de harmonia
pré-estabelecida. Os outros completam-me mas também me limitam, impedem-me de
concretizar todos os meus desejos. Os outros não podem, no entanto, ser as
desculpas que justificam a passividade, o fatalismo, a desistência dos
projectos, a abdicação da liberdade.
Por isso, o conflito e a procura de consensos que não excluam as diferenças
estão na base da moralidade. Por isso, o domínio da moral não é o domínio da
indiferença, do tanto faz, do encolher de ombros. Por isso o domínio da moral
não coincide com o da legalidade social, tantas vezes caracterizado por um
conformismo e um pragmatismo feitos de hipocrisias e compromissos.
Eu não sou sem os outros nem os outros são sem mim. É esta relação de
reciprocidade, alicerçada no respeito mútuo, que constitui o plano da
moralidade, só esta relação permite o desenvolvimento integral e conjunto dos
homens. Há, pois, que passar do eu ao nós, não um nós rebanho, massificado e
massificador, mas um colectivo de homens que crescem conjuntamente e que não só
preservam as diferenças e especificidades de cada um como as constituem como
motor do enriquecimento mútuo. Este é concerteza um ideal que contrasta com a
realidade mas são afinal os ideais que dão sentido à vida dos homens.
A condição fundamental da moralidade é a liberdade. Uma moral da submissão pode
ser muito conveniente e desejável para os poderes instalados e para aqueles que
se constituem como seus arautos e defensores, mas não é uma verdadeira moral
porque nega aos homens, a cada homem, a possibilidade e a capacidade de
escolherem por si próprios.
A liberdade é escolha e destino humano; escolha porque fundamentadora de todas
as opções e destino porque única possibilidade de afirmação do homem. A
liberdade é sonho e realidade, meta e vivência, a liberdade não é a reprodução
de uma qualquer ilusão perdida ou nunca encontrada, mas uma incessante procura
e uma urgência. A liberdade tem as cores do desejo e as contingências próprias
do ser humano.Toda a liberdade é circunstancial e provisória porque os homens
abstractos e as qualidades abstractas só existem no papel e nos raciocínios
estéreis, encerrados em horizontes de pura formalidade.Toda a liberdade é
existencial e só depois essencial e ainda assim porque existencial, porque real
e vivenciada se bem que também sonhada e projectada.
Sou livre porque humano, incompleto, inseguro, insatisfeito, projecto e acção,
superação, percurso e construção. Sou livre porque e enquanto assumo cada um
dos meus actos e em especial aqueles que me comprometem porque revelam os meus
valores ou, melhor, a minha escala de valores e denunciam os meus princípios
morais. Sou livre porque sei que, apesar de diferente, pelo facto de ser homem
partilho de algo de comum com todos os homens e igualo-me a eles sem deixar de
ser único e irrepetível.
Só há liberdade na e pela responsabilidade porque a liberdade não é
descomprometimento, evasão da realidade, submersão em mundos virtuais,
alienação.Temos, antes de mais, um compromisso para com a vida. Somos
responsáveis por nós e pelos outros e aí reside a nossa maior dignidade e
liberdade. Quando nos isolamos por detrás dos nossos muros invioláveis e
obrigamos o mundo a ficar lá fora, para além da nossa realidade, assim reduzida
à sua mais ínfima condição, a liberdade deixa de ter sentido e equivale ao
vazio. Quando nos tornamos reis e senhores de um reino reduzido às nossas leis,
a liberdade prende-nos nas fronteiras de nós mesmos, banaliza-nos, empobrece-nos
irremediavelmente, desumaniza-nos. As tiranias e as ditaduras não só limitam ou
destróiem a liberdade dos homens que lhes estão submetidos como tornam os
tiranos e ditadores menos livres porque escravos das suas próprias
arbitrariedades e caprichos.
Só haverá verdadeira liberdade quando as fronteiras e prisões deixarem de
existir dentro de nós, quando abandonarmos decisivamente as desculpas e
pretextos que continuam a atar-nos à nossa menoridade quando não à nossa
mediocridade.
É, pois, na afirmação da minha liberdade que me assumo como um homem em
construção junto com os outros e não apesar dos outros e muito menos contra os
outros. Os limites dessa liberdade são os limites da humanidade, do respeito
integral pela minha pessoa e pela pessoa de cada um que partilha comigo a
existência. Os horizontes dessa liberdade serão aqueles que os homens em
conjunto quiserem e souberem construir.
O Culpado
Porque voce se sente sempre culpado? "
Quando as coisas não estavam indo bem, eu costumava ficar zangado com as
pessoas erradas pelas razões erradas. Muitas vezes, eu pegava a minha raiva em
uma situação e espalhá-la em minha esposa e filhos...
Cortadora de Pepinos
Enquanto isso, na fábrica de
conservas...
O sujeito trabalhava há anos em uma
fábrica de conservas e um dia confessou à mulher que estava possuído por uma
terrível compulsão: Uma vontade incontrolável de colocar o pênis na
cortadora de pepinos.
Espantada, a esposa sugeriu que ele
procurasse um psicólogo, mas o marido relutou, prometendo que iria pensar no
assunto.
Foi enrolando, enrolando, enrolando e
chateando a esposa com aquele assunto, até que ela falou:
- Então coloca logo esse negócio na cortadora de pepinos, o problema é seu!
Um certo dia, ele chegou em casa
cabisbaixo, profundamente abatido:
- O que foi que aconteceu, querido?
- Lembra-se de minha compulsão de enfiar o pênis na cortadora de pepinos?
- Oh, não! - gritou a mulher - Você não fez isso?!?
- Sim, eu fiz!- Meu Deus, o que aconteceu?
- Fui despedido.
- Mas, e você se machucou? ... E a cortadora de pepinos? Como ficou?
- Não, ela também foi despedida...
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